': março 2011

28/03/2011

Confissões de um Suicida

Subo lentamente para que os meus passos não absorva a minha indignação quanto ao que sou ao que fiz e ao que me restou... Nem de longe fui o que sonhei, criei expectativas nas sombras de um novo alguém. Ao 13º andar de um arranha-céu tão iluminado, vou subindo devagar, castigando o meu corpo suado para que a minha alma sofra a dor de ser tão frágil e absurdo. Com passos lentos, vou navegando em minhas lembranças, relatando como mágica os meus sonhos de infância, os meus amigos do futebol, a primeira professora, os meus primeiros passos na faculdade, os medos, as alegrias e até o meu primeiro emprego. Porém, tive uma vida regrada de acontecimentos, ora feliz, ora chorando, mas definitivamente sentia um mundo irreal, fora do que sou e do que gostaria de ter sido. As lágrimas  não me acompanham nessa viagem que mais parecia uma turnê, agora era apenas eu e a dor... Enfim, cheguei na “garganta” daquele “monstro” projetado por certo alguém, e lá de cima, pude contemplar uma cidade acesa para o mundo, pessoas passando por debaixo de mim, pude me sentir gigante, livre e forte, porém, em silêncio olhei estupidamente aquele mundo aceso e coberto de esperança, por alguns instantes, consegui olhar acima de mim, aquele azul imenso, que nem eu mesmo saberia onde iria dar, mas que ao olhar, me acalmava e me fazia flutuar. Na corda bamba, olhei aquele universo de pessoas transitando, sem ao menos notar-me neste inferno que me parece um paraíso. Até aqui tive milhares de testemunhas ocultas esperando singelamente pela decisão que havia tomado desde que nasci, acredito até que algumas foram eternas companheiras, e como todo descuidado, não premeditei como seria a minha “estória”, apenas acreditei que ela teria um fiml. Dei-me cinco minutos, para observar os encontros clandestinos entre o céu e mar, ambos confusos, mas eternos companheiros e amantes, sem contar com a senhora lua apaixonada, que se despiu para abençoar esse livre encontro. Com este olhar, fui me recordando de alguém que um dia amei, meu primeiro encontro, meu primeiro 10, e o meu primeiro tudo. Meu corpo tremia, minhas mãos suavam...  Era  o meu inicio de vertigem por estar diante do mundo com braços abertos para voar... No primeiro segundo tive medo de perder tudo aquilo que os meus olhos contemplavam, e aos poucos, fui deixando toda a emoção tomar conta de minha decisão, daquele vazio que me consumia e fazia de mim, um tolo. Abri as mãos, fechei os olhos, e como um ultimo desejo, suspirei. Senti um toque suave em meus ombros, e foi surpreendido com um olhar piedoso diante de mim: Um senhor que aparentava os seus 70 anos que sinalizava uma força brutal no seu olhar, estendeu a mão em direção a mim, dizendo: ”Estou 50 minutos atrasados, sinto muito, as minhas pernas já não tem mais a mesma força, e por isso, por várias vezes, tive que me poupar.” Continuei olhando aquele senhor, falava com intimidade, com uma suavidade como se fosse alguém de minha inteira confiança me estendia à  mão, ainda me revelou: “Vim te fazer companhia, e não me perdoaria se não chegasse a tempo de lhe pedi um forte abraço e lhe dizer que para mim, você é muito importante, é único, mesmo que ignore a minha fala, o seu abraço me tornará mais forte, menos inútil, e o homem mais feliz... Sem sequer responder, eu sorri ao imaginar quantas asneiras um homem a beira do suicídio teria que ouvir. Porque um alguém que nem sequer sei o nome, me diria tudo aquilo? Talvez, eu até merecesse ouvir tantas bobagens, mas poderia ser em outra hora, depois que revi cenas lindas de uma noite nupcial, não admitiria... Nem me despedir eu conseguia com sucesso, pensei... Aquele homem com o corpo esquivo quase me suplicando um abraço, e com aquele olhar, eu diria que mendigava um consolo. Então, como um ultimo pedido resolvi atende-lo e ouvir a sua própria “estória” escrita com um começo do primeiro abraço de um suicida imortal... E foi assim que: Aqui estou...

Cláudia Bispo

26/03/2011

Amar É...






Com os olhos fitados para o nada  levei ao longe o meu pensamento, só não me pergunte aonde, pois não saberia responder, aos 70 anos (bem vividos) acho que possuímos a técnica de olhar sem pensar, viajando nas mais profunda melancolia do tempo... Eis que ao longe, uma pergunta:-" - Mãe, você amou?De repente meus olhos fitaram aquele moço lindo, com uma pergunta tão óbvia e pouco analisada. Sem esperar a frase se completar (achei melhor interrompê-lo antes que a pergunta fosse estendida), baixei-me a voz, respirei como se o tempo voltasse, e suavemente o respondi:" - Sim, amei, como se fosse único "...Como reprovação, aquele moço diante de mim, retruca:"Oras, não é desse amor ao qual me refiro, e sim, de um amor intenso, que pulsa, regenera e faz flutuar..."Como se não entendesse, meus olhos viajavam na plenitude de sua idade, onde se confundia amor e paixão, felicidade com momentos oportunos. E quase como águia, investi naquela indagação tão particular, e, necessariamente compreensiva... "- Sim amei e amo, e hei de amar pelo tempo que me resta. Amei a cada segundo no qual alguém me ofereceu afago, companheirismo, solidariedade, simplicidade , paciência,  correção e até nos momentos em que alguém entrou em minha vida como refúgio e tirou de mim lágrimas, amei aquele poeta, aquela musica, o beija-flor que cruzou as minhas manhãs com um soneto que apurava os meus sentidos. Amei, o dia em que fiquei doente e me restaurei, quando chorei e em seguida sentia a sensação de sorrir, amei o dia em que te senti no meu ventre pela primeira vez, e quando de minhas entranhas saiu... Ahhhh!!Amei, amei, amei.. Aquele choro, balbucio, a minha família, a minha mesa farta, a minha simples casa, o sol de verão, a chuva que caía,o frio que me pertenceu, nos meus gostos e até nos maus... Fui interrompida com o som daquela voz a me reprovar: " -Mãe, sei que essas coisas são importantes e belas, mas, o amor ao qual refiro é mais que isso, é singular, mágico, sublime..."Meus olhos entendiam o que ele queria dizer, mas o meu sentido dominava e calculava a cada interrogação e juras nas quais ele queria ouvir... era o "amor dele contra  o meu" que se conflitava diante de uma situação inapagável pelo tempo." -Filho amado, talvez, não fosse a resposta esperada, ou não seja condizente ao que sentes agora, mas foram nessas simples coisas que encontrei o amor, que encontrei a força para seguir adiante, construir o meu castelo de sonhos e contemplar os meus 70 anos, sem medo, sem pedir ajuda ao vento... Foi neste amor que me inspirei quando olhei o próximo, quando cuidei-me para não ferir quem eu amo e muito menos maltratar aqueles que me eram indiferentes, foi com esse amor, que tremi quando lhe segurei no colo sem ao menos saber o que fazer com aquele corpinho mole e indefeso (ainda era uma menina)...A palavra é muito linda:"Amor", contemplada pelos poeta e enamorados, mas, só o sente verdadeiramente quando se permite a olhar de dentro pra fora. Não seria os meus 70 anos que explicaria isso... Mas, poderia fazê-lo refletir. Diante de minhas mãos (hoje não tão segura) poderia deEstou inspirada, sai da frenteeeeeeeeeeee...kkkkkkkk

Subo lentamente para que os meus passos não absorva a minha indignação quanto ao que sou ao que fiz e ao que me restou... Nem de longe fui o que sonhei, criei expectativas nas sombras de um novo alguém. Ao 13º andar de um arranha-céu tão iluminado, vou subindo devagar, castigando o meu corpo suado para que a minha alma sofra a dor de ser tão fr

ágil e absurdo. Com passos lentos, vou navegando em minhas lembranças, relatando como mágica os meus sonhos de infância, os meus amigos do futebol, a primeira professora, os meus primeiros passos na faculdade, os medos, as alegrias e até o meu primeiro emprego. Porém, tive uma vida regrada de acontecimentos, ora feliz, ora chorando, mas definitivamente sentia um mundo irreal, fora do que sou e do que gostaria de ter sido. As lágrimas não me acompanham nessa viagem que mais parecia uma turnê, agora era apenas eu e a dor... Enfim, cheguei na “garganta” daquele “monstro” projetado por certo alguém, e lá de cima, pude contemplar uma cidade acesa para o mundo, pessoas passando por debaixo de mim, pude me sentir gigante, livre e forte, porém, em silêncio olhei estupidamente aquele mundo aceso e coberto de esperança, por alguns instantes, consegui olhar acima de mim, aquele azul imenso, que nem eu mesmo saberia onde iria dar, mas que ao olhar, me acalmava e me fazia flutuar. Na corda bamba, olhei aquele universo de pessoas transitando, sem ao menos notar-me neste inferno que me parece um paraíso. Até aqui tive milhares de testemunhas ocultas esperando singelamente pela decisão que havia tomado desde que nasci, acredito até que algumas foram eternas companheiras, e como todo descuidado, não premeditei como seria a minha “estória”, apenas acreditei que ela teria um fiml. Dei-me cinco minutos, para observar os encontros clandestinos entre o céu e mar, ambos confusos, mas eternos companheiros e amantes, sem contar com a senhora lua apaixonada, que se despiu para abençoar esse livre encontro. Com este olhar, fui me recordando de alguém que um dia amei, meu primeiro encontro, meu primeiro 10, e o meu primeiro tudo. Meu corpo tremia, minhas mãos suavam... Era o meu inicio de vertigem por estar diante do mundo com braços abertos para voar... No primeiro segundo tive medo de perder tudo aquilo que os meus olhos contemplavam, e aos poucos, fui deixando toda a emoção tomar conta de minha decisão, daquele vazio que me consumia e fazia de mim, um tolo. Abri as mãos, fechei os olhos, e como um ultimo desejo, suspirei. Senti um toque suave em meus ombros, e foi surpreendido com um olhar piedoso diante de mim: Um senhor que aparentava os seus 70 anos que sinalizava uma força brutal no seu olhar, estendeu a mão em direção a mim, dizendo: ”Estou 50 minutos atrasados, sinto muito, as minhas pernas já não tem mais a mesma força, e por isso, por várias vezes, tive que me poupar.” Continuei olhando aquele senhor, falava com intimidade, com uma suavidade como se fosse alguém de minha inteira confiança me estendia à mão, ainda me revelou: “Vim te fazer companhia, e não me perdoaria se não chegasse a tempo de lhe pedi um forte abraço e lhe dizer que para mim, você é muito importante, é único, mesmo que ignore a minha fala, o seu abraço me tornará mais forte, menos inútil, e o homem mais feliz... Sem sequer responder, eu sorri ao imaginar quantas asneiras um homem a beira do suicídio teria que ouvir. Porque um alguém que nem sequer sei o nome, me diria tudo aquilo? Talvez, eu até merecesse ouvir tantas bobagens, mas poderia ser em outra hora, depois que revi cenas lindas de uma noite nupcial, não admitiria... Nem me despedir eu conseguia com sucesso, pensei... Aquele homem com o corpo esquivo quase me suplicando um abraço, e com aquele olhar, eu diria que mendigava um consolo. Então, como um ultimo pedido resolvi atende-lo e ouvir a sua própria “estória” escrita com um começo do primeiro abraço de um suicida imortal... E foi assim que: Aqui estou...

Cláudia Bispo
ixá-lo cair, mas, por amor, morreria por ti..." Realizei sonhos, e por minha família, ergui colunas. Seu pai (agora, com 85 anos) foi amado, sim, o amei quando não o desejava, o respeitei, estive o tempo todo do seu lado, mostrando fidelidade e companheirismo, e estamos hoje, nos despedindo a cada dia que passa, com o mesmo sentimento e admiração, não tivemos o fogo da juventude, mas, ousamos quanto ao amor que necessitávamos para sobreviver e estarmos hoje, com filhos formados e libertos. E se a próxima pergunta for: Se eu fui feliz? Sim! Fui e sou feliz, quando contemplo a semente plantada no eixo de uma  juventude e hoje, sendo testemunhada como bisavó. Fui feliz, quando nos primeiros desencontros em que eu e seu pai sabiamente optamos não desprender as mãos, mas, uni-las, pois delas, dependiam vidas e isso, é amor filho..." - Senti uma imensa decepção naqueles olhos, uma frieza naquele olhar quase me julgando, penalizado com cada palavra minha. Aos poucos, fui soltando a voz presa, mostrando-lhe que cada sorriso, me remoçava 10 anos, que a cada luta vencida me aproximava ainda mais daquele homem que até hoje amo, do modo mais estranho, mas, que não o largaria por uma paixão apenas. Fui sentindo a distancia e a diferença do "amor" que ele queria ouvir, uma mistura louca de paixão e desejo, e antes que me reprovasse, eu diria:"Uma paixão mal sucedida, mata e lhe deixa seqüelas, ira e lhe deixa a mercê de tantas outras tentações, e até, paralisado diante da vida." - Não fui menos feliz, porque decidir unir as forças e formar a minha fortaleza, também, não deixei de viver por não senti essa paixão que poderia matar, ferir ou me propiciar uma fantasia, eu diria um tanto quanto, "saliente".Tive tudo na medida, fiz tudo para me sentir feliz, talvez, tenha errado  menos, ou demais, só sei que enquanto viver, quero sentir esse louco desejo que levo : Amar, amar e...Amar!



Cláudia Bispo

02/03/2011

"Amarras da Imprensa, um codinome para alienação".

Estamos aquém de uma imprensa elitizada que nos envolve com a sua imparcialidade comercial, atentada para glamourosos padrões de beleza e sofisticação, e informações despercebida e muitas das vezes mascarada pelo preconceito de um sociedade delimitada em poder e liberdade?Ou aos tradicionais tabloides que ilustram uma verdade já declarada pelo povo, com sangue, sofrimentos e pouco a entender?É...Estamos mesmo fabricando fortunas aos cofres de uma imprensa que compreende o seu lado liberto para trocar ou superar um mercado de noticias, quando a informação que o povo necessita deveria ser investigada e altamente cobrada pelos soberanos que descansam no poder atribuído, enquanto a politica se faz valer ao vento que sopra em direção aos maus informados. Estamos falando de informação, quando o seu principio era atentar ao povo, (e digo,brasileiro) sobre a alienação e soberania que pairam ao seu redor. A informação que investiga, busca, grita, concretiza e mostra aos políticos para que vieram. A imparcialidade toma conta de um montante de informações onde, a própria informação e o descaso caminham juntos, e que nos integram a uma rede de corrupção e faz-de-conta , fazendo então, o povo sambar...E quem nos informa, afinal? A elite que propaga as desavenças em que a massa oprimida enfrenta, sem ao menos, fazer-lhe uso da liberdade de busca e fala? Ou pequenos revolucionários (neste caso, não falei de mim, falei?) que tornam a todo o momento a sua voz, um sentimento daqueles que sofrem? Quando falo de revolucionário, poderia estar falando de pequenas tribos, ou de sentimentos de perda, ofensa ou indignação, porém, ainda acho muito pouco. Revolucionar é um ato, quase um sentimento de amor. Amor próprio, amor por aqueles que sofrem, por aqueles que irão certamente sofrer as conseqüência de uma falta de informação, ou de uma informação rodeada de incógnitas onde só entendem aqueles que certamente não precisam...
Penso no romantismo do século XVIII, grandes pensantes, grandes movimentos idealistas, e necessariamente aproveitados. Hegel, em sua tal sabedoria profetizava quando dizia que a leitura é a oração do homem, e assim, poderíamos afirmar que: A informação é o culto a uma nova era.
Pense nisso...E a imprensa não será apenas um comércio,porém, investigava, justificada e, assim,moralmente liberta!


Cláudia Bispo

01/03/2011

Que droga é esta?

Sexta-feira, 22:40 hs, ponto de ônibus lotado. Seria mais uma noite normal, se não fosse o calor de fevereiro e a agitação do inicio das aulas. Eu como sempre, seguindo a minha rotina de pegar o ônibus lotado até o meio do caminho, e assim, descansar o corpo, enquanto a mente vaga por alguns lugares e pessoas.Como se não bastasse, a demora do ônibus era fatal para aquele momento angustiante: fome, sede e uma louca vontade de fumar...Por 15 minutos, disfarço a minha ansiedade percebendo alguns detalhes tão comuns no dia a dia, mas, não sou de ferro, e enquanto ignoro a demora de um ônibus lotado e uma cumprida viagem, me afasto e não exito a uma fumacinha...Meio louco é saber que enquanto fumo, trago para mim 4.700 substancias tóxicas que aos poucos me matam, e me deixa ainda mais dependente...Além, é claro, de contaminar aqueles que sem pedir, acabam respirando aquela fumaça horrível, porém, que me deixa calma, leve e feliz. Ao me afastar da multidão, dou-me conta que não é apenas por educação, mas, pela vergonha de me sentir tão idiota, enquanto vou me suicidando vagarosamente. Todavia, ouço alguém retirar o meu silencio entre um trago e outro, me pedindo essa maldição que alimenta os meus sentidos nos momentos de desespero e angustia. Uma senhora, de mais ou menos 67 anos, viciada desde dos 14 , por esta droga que patéticamente nos faz feliz.Uma senhora bem apanhada, segura de si e muito educada, que delicamente e vergonhosamente me pede um cigarro: "esqueci o meu em casa, e estou quase louca", retruca..."Me vende um?" Com um sorriso sem graça, (c0mo vender uma maldição desta?) retirei o maço (carlton) da bolsa e o estendi até a senhora, assim, a minha culpa de se matar lentamente, diminuia...Fumar carlton, era uma opção desde do inicio, como se esse ou aquele cigarro fizesse alguma diferença...Mas, era uma questão de status, uma forma de me sentir menos culpada(existe isso?) Olhei fixamente para aquela senhora tragando, e pude perceber o alivio em cada tragada, uma sensação de conforto e bem estar, fui relembrando que ao sair da faculdade, eu tinha um propósito: apenas de entrar em um ônibus vazio, que me levasse para casa em segurança e paz...Mas, a agitação,o calor, e a demora, me fizeram lembrar que ali bem ao meu alcance tinha algo que me faria esperar e até enfrentar aquele maldito ônibus lotado... E fui buscando razões, explicações para aquele ato tão inconveniente, tão vergonhoso e anormal. As campanhas hipócritas que enchem o saco a cada maço de cigarro obtido, as leis, enfim, tudo em volta do fumante. O Ministério da saúde adverte:"Fumar faz mal a saúde".E dai? O que fazem mais? Cigarro é uma droga (Quer que eu desenhe?).Seria verdadeiro se ao invés de campanhas de sensacionalismo, o governo verdadeiramente se preocupasse com os fumantes,esses sim, vivem a mercê de um vicio, tanto quanto do crack, da coca,etc.O problema é que o cigarro ainda é o imposto mais alto(IPI) 58,8% que enchem os caixas governamentais, e por isso, como alienados, somos tratados como idiotas, que se propõe a saber que estamos lentamente morrendo.Então, como forma de uma consciência moral, governos e entidades, buscam uma forma incoerente de inibir os fumantes, tirando de si, a responsabilidade da mortalidade. Oras, se isso tudo é algo que mata, que fere os princípios sociais e morais, então, estamos falando de droga,não? Se é droga, por que não é  proibida?E voltaremos a falar das conveniências, das hipocrisias etc..Como falar de uma droga que mata tanto quanto as demais, e não proibi-la? Então, a droga que mata, que nos obriga, envergonha e vicia é altamente lucrativa...E quem se preocupa se vou morrer de câncer pulmonar? As campanhas que me lembram disso?Os governos que arrecadam 58,8% e fazem dessa droga o seu fim lucrativo? O seu Joaquim que compra à vista da Souza cruz?(sim, a souza cruz só vende à vista, nada de faturado)...Na verdade, se essa droga maldita for proibida, os cofrinhos dos nossos políticos ficam um tanto quanto magrinhos, e eu? Ah! Vou recorrer a alguns paliativos, pois, pior do que morrer de enfisema pulmonar, é contribuir para que os cofres dos meus dirigentes fiquem ainda mais cheinhos... Se morrer por causa de...Fosse pela causa , me bastaria...No mais, digamos não à qualquer tipo de vicio que destrua a integridade humana de um ser vivo, e junto à hipocrisia que bailam em nossos comerciais e dirigentes..


  Cláudia Bispo

free counters Photobucket
 
©2007 Por Templates e Acessorios